quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vitor Constâncio e a Energia Nuclear



"Nuclear: Relançar discussão é "inoportuno" - presidente Agência de Energia do Porto
16 de Julho de 2008, 11:30


Porto, 16 Jul (Lusa) - O antigo secretário de estado do Ambiente Eduardo de Oliveira Fernandes considerou hoje "inoportuno" relançar a questão da energia nuclear, considerando que as declarações do governador do Banco de Portugal sobre o assunto só podem ser "um lapso".

Em declarações no Parlamento, o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, defendeu terça-feira que "a alteração estrutural dos preços da energia está para ficar e tudo tem de ser discutido, incluindo o nuclear".

Oliveira Fernandes, também presidente do Conselho de Administração da Agência de Energia do Porto, considerou "inoportuno" o levantar a questão da energia nuclear por se estar a propor "a discussão quando não existe documento para discutir e porque este Governo disse que a energia nuclear não seria tema a debater neste mandato".

"É desviante e alienante em relação à abordagem dos problemas da sociedade", sublinhou.

Oliveira Fernandes considerou que a declaração de Vítor Constâncio "só pode ter sido um lapso", porque, além do mais, a energia nuclear tem "implicações do ponto de vista do território e da própria energia eléctrica".

No entanto, diz Oliveira fernandes, "se a evolução da situação energética é de molde a ponderar a energia nuclear, que se faça como um grande projecto nacional, criando-se gabinetes que se dediquem ao estudo do assunto".

"Se a discussão for a solução (para resolver o problema energético), discuta-se", referiu, considerando que se trata de um "assunto demasiado sério para aparecer como tema de silly season"."

JAP./Lusa

Nota- Eduardo Oliveira Fernandes foi consultor da ARENA- Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores e do Governo Regional dos Açores

"Quercus: "Vítor Constâncio é ingénuo" O governador do Banco de Portugal quer que Portugal estude as vantagens da energia nuclear.

O governador do Banco de Portugal pretende que Portugal estude as vantagens da energia nuclear, pois não é uma opção que não pode ser descartada.



Vítor Constâncio afirmou esta terça-feira, no Parlamento, que é preciso reduzir a dependência energética nacional, pois considera que a redução do preço dos combustíveis não está para breve.


O governador citou o exemplo do modelo finlandês: "É um país bem gerido, que iniciou há pouco tempo um programa de construção de centrais nucleares".

Todavia, a Quercus já tornou público que Vítor Constâncio deve desconhecer a realidade do nuclear. Segundo a organização ambientalista, "a opção não é benéfica em termos de custo e o governador do Banco de Portugal é ingénuo"."

TVNET

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