terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Preço da electricidade sobe 5,5% nos Açores



Foto Extraída daqui: http://ricardouk.blogspot.com/
Já para Janeiro : Preço da electricidade sobe 5,5% nos Açores

Os açoreanos vão pagar mais 5,5% pela electricidade em 2009. De acordo com um comunicado da ERSE Entidade Reguladora do Sector Eléctrico que ontem foi tornado público, esta á a média de aumentos para os Açores. Trata-se do aumento com maior percentagem a nível nacional, já que o aumento na Madeira vai ficar pelos 4,4%, em média e no Continente queda-se pelos 4,9%.
A ERSE justifica estas diferenças pelo facto de as estruturas de consuma serem distintas, entre o Continente, Madeira e Açores, mesmo dentro da política de convergência de tarifário eléctrico que foi definida e que tem vindo a ser implementada, apesar de o Governo de Lisboa ainda não ter este assunto regularizado para com a Região Autónoma.
Recorde-se que os valores que ontem foram divulgados estão muito para além da inflação esperada, numa altura em que a componente do fornecimento dos combustíveis que ainda a maioria da produção de electricidade nos Açores, está em forte baixa
Entretanto e de acordo com a mesma fonte, com vista à obtenção de um sistema tarifário mais eficiente e minimizador de subsidiações cruzadas entre consumidores, a aprovação das tarifas inclui a adequação dos períodos horários actualmente utilizados para o ciclo diário em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
Os novos períodos horários pretendem ser mais adequados à actual realidade do mercado tendo em conta, nomeadamente, a integração no MIBEL, que permite algum desfasamento horário dos períodos de maior procura face aos que estão em vigor.
Os novos períodos horários são mais vantajosos, nomeadamente para os consumidores domésticos na medida em que o período de vazio nocturno de preços mais baratos é antecipado 1 hora, passando a iniciar-se às 22H00.
São oferecidas aos consumidores tarifas de energia eléctrica com estruturas distintas, como a Tarifa Simples em que valor da energia consumida apresenta um único preço independentemente do período horário de consumo; a tarifa Bi-horária na qual o valor da energia consumida apresenta dois preços distintos consoante o período horário de consumo seja de Vazio (horas de preços de energia reduzidos) ou Fora de Vazio (horas de preços de energia mais elevados) e ainda a tarifa tri-horária.
Segundo a ERSE, sem convergência tarifária em todo o país, o aumento do preço da energia no Continente ficaria por 2,7%, contra os 4,9% que vão acontecer, enquanto que nos Açores seria um aumento de 63,5% e na Madeira, de 52,3% para proporcionar os proveitos actualmente permitidos às respectivas empresas.

Correio dos Açores, 16 Dezembro 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A promessa adiada do carro a hidrogénio


Há 30 anos atrás, Jack Nicholson aparecia na televisão a guiar um carro a hidrogénio [1]. A empresa que havia desenvolvido o protótipo garantia que o carro de zero emissões seria comercializado em breve, sendo o hidrogénio obtido com o recurso a electricidade proveniente de painéis solares. Três décadas depois das crises petrolíferas, continuamos no mesmo ponto.

Uma tecnologia derrotada à partida

Apesar de todas as promessas, o carro a hidrogénio continua a ser uma miragem. Na Islândia, onde foi anunciado um grande investimento nesta nova tecnologia, ainda hoje apenas uma estação de serviço fornece hidrogénio. Na Califórnia de Schwarzenegger, a promessa de criar 200 estações de serviço com hidrogénio até 2010 não será cumprida, já que até hoje apenas 5 foram criadas. Em toda a Europa, a substituição de autocarros a diesel por autocarros a hidrogénio ainda é incipiente.

Um dos problemas que explica este atraso é o enorme custo desta tecnologia. Para produzir energia a partir de hidrogénio, um célula de combustível é utilizada. Esta célula de combustível converte hidrogénio e oxigénio em vapor de água, libertando electricidade no processo. Mas para que a reacção química seja possível são utilizados metais preciosos como catalisadores, nomeadamente platina.

Mesmo com avanços significativos na utilização de platina para fabrico de células de combustível, o problema de esgotamento de recursos escassos continua a ser premente. Em 2007 produziram-se cerca de 71 milhões de carros. Mesmo reduzindo para um quinto a utilização de platina em cada célula de combustível necessitaríamos de 1420 toneladas de platina por ano para converter toda a produção automóvel para as células de combustível, o que equivale a seis vezes a produção anual [2]. Se tivermos em conta que 100 gramas de platina custam 3000 dólares, não será difícil perceber as limitações desta tecnologia.

Outro grande problema da economia do hidrogénio é o facto de a produção de hidrogénio ser frequentemente pouco ecológica. A maioria do hidrogénio é produzido com recurso a gás natural, utilizando combustíveis fósseis. De acordo com um estudo do MIT, os benefícios climáticos de um carro a hidrogénio relativamente a um carro híbrido são pequenos [3]. A forma mais ecológica de produzir hidrogénio é através da electrólise, processo em que se obtém hidrogénio a partir da água com recurso a electricidade, desde que sejam usadas energias renováveis. Mas este processo de fabrico é muito dispendioso e a eficiência energética é reduzida.

A eficiência está no centro do terceiro grande problema desta tecnologia. Para abastecer os carros com hidrogénio é necessário produzir o hidrogénio, comprimi-lo, transportá-lo e abastecer a célula de combustível. Em todo o processo registam-se perdas e no fim apenas 24% da energia é aproveitada de forma útil [4], enquanto que a eficiência energética do carro eléctrico atinge os 69%. Um estudo realizado para o governo britânico estimava um aumento na produção de electricidade resultante da conversão dos automóveis para o hidrogénio em mais de 35% [5].

A maior dificuldade estará, contudo, na criação de uma rede de distribuição de hidrogénio. Para que seja possível criar uma economia do hidrogénio, teremos de construir uma rede de pipelines e estações de serviço. Para transportar o hidrogénio seria necessário liquefazê-lo, reduzindo a sua eficiência energética. Em todo o processo de armazenamento e de transporte, é necessário um grande cuidado para evitar fugas por motivos ambientais (o hidrogénio actua como um gás de efeito de estufa uma vez libertado na atmosfera) e de segurança (o hidrogénio é altamente inflamável).

A alternativa

A solução para a descarbonização do sistema de transportes não se encontra numa qualquer nova tecnologia. Sem dúvida que é importante reduzir o consumo de combustível e as emissões de novos carros, assim como será desejável expandir a utilização do carro eléctrico. Mas a resolução de um problema (as emissões) resulta frequentemente na criação de novos problemas. O carro a hidrogénio depende da utilização de platina, como mencionado, enquanto que o carro eléctrico exige a utilização de lítio, um mineral raro. No fundo, estamos apenas a trocar uma dependência por outra.

Por muitas voltas que demos ao assunto, criar cidades mais habitáveis e reduzir a poluição gerada pelos automóveis apenas será possível retirando carros das ruas. Esta é uma solução incómoda para a indústria automóvel, pois implica uma redução dos seus lucros, pelo que nos ilude com promessas de novas tecnologias. Mas a transferência do transporte individual para o transporte colectivo e a promoção de meios de deslocação não poluentes é, mais que uma medida cívica, uma urgência.

Ricardo Coelho

08-Dez-2008

Extraído do Ecoblogue

sábado, 22 de novembro de 2008

Energia eléctrica - uso eficiente e racional



O uso eficiente e racional da energia eléctrica é um dos temas que merece, hoje, especial atenção e que deve ser uma prioridade para todos.

As crianças e jovens actuam desde muito cedo como consumidores. Importa prepará-los para a aquisição de competências, conhecimentos e atitudes que lhes permitam agir como consumidores responsáveis e informados.

Visando promover a educação do consumidor, no âmbito da temática ambiental Energia, a Ecoteca de Ponta Delgada, gerida pelos Amigos dos Açores – Associação Ecológica, e com a colaboração de técnicos especialistas da DECO, promove a Semana da Energia através de diversas acções dirigidas à comunidade escolar e ao público geral.

Entre os dias 25 e 28 de Novembro, decorrerão em escolas do concelho de Ponta Delgada sessões de sensibilização subordinadas ao tema Poupança de Energia.
No dia 28 de Novembro, sexta-feira, pelas 18:30h, no Auditório do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), realizar-se-á uma sessão de esclarecimento “Encontros com Sumo – O consumo de energia”, aberta ao público, com o objectivo de prestar informação aos consumidores sobre a eficiência no consumo de energia.

No sábado, dia 29 de Novembro, decorrerá, na Ecoteca de Ponta Delgada, uma acção de formação para professores sobre a temática Poupança de Energia, com os seguintes objectivos gerais:
- debater a importância do tema da eficiência energética nos currículos escolares;
- apresentação de materiais de apoio para exploração de actividades em sala de aula sobre a importância da eficiência energética;
- estimular o desenvolvimento de projectos educativos sobre o tema da poupança da energia eléctrica.

Os professores e o público interessado em participar nos eventos supra mencionados deverão efectuar a sua inscrição através dos contactos da Ecoteca de Ponta Delgada

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Práticas de Energias Renováveis



Editada pela Arena- Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores, esta nova publicação pretende ser uma ferramenta e um veículo de informação, para jovens e professores da Região Autónoma dos Açores, sobre um dos conceitos mais unificadores da Ciência- A energia.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nova Publicação



Foi recentemente editada pela Associação Amigos dos Açores, com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, uma brochura da autoria de três alunos do mestrado de Educação Ambiental da Universidade dos Açores.

Com a brochura os autores desafiam as escolas dos Açores a fazerem um diagnóstico energético mais completo do que o que é feito no âmbito do Projecto Eco-Escolas e apresentam fichas de apoio ao ensino/aprendizagem da energia.

Todos os pedidos de exemplares deverão ser feitos aos Amigos dos Açores- Associação Ecológica, Av. da Paz, 14, 9600-053 PICO DA PEDRA

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Parque Eólico de Nordeste


Depois de obtida Declaração de Impacto Ambiental, EDA aguarda licenciamento do projecto por parte da Direcção Regional de Energia para lançar concurso público internacional para aquisição dos aerogeradores

Está em consulta pública o projecto do Grupo EDA de implantação de um parque eólico na zona dos Graminhais, no Concelho de Nordeste, um investimento estimado em 14,5 milhões de euros que deverá estar concluído no Verão de 2011.
A EDA pretende instalar dez aerogeradores de 850 kW, numa primeira fase de desenvolvimento do projecto, e outros seis de 1000 kW na segunda fase, estando ainda prevista, numa terceira fase, a substituição dos aerogeradores de 850 kW por outros de 1500 kW.
Com uma potência final de 21 mil kW, espera-se que o projecto evite o consumo anual de 4626 toneladas de fuel e, consequentemente, a não emissão de 14,3 mil toneladas de CO2 para a atmosfera.
No prazo de quinze dias (a contar de dia 21 de Outubro), os interessados poderão consultar a documentação na Direcção de Serviços de Energia (Rua do Mercado nº21) e na secretaria da Câmara Municipal de Nordeste, e apresentar opiniões públicas contrárias ao projecto, se for caso disso.
Esta fase ocorre depois do projecto já ter sido sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental e ter obtido também uma Declaração de Impacte Ambiental válida para a implementação do projecto. Isto mesmo depois da Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves (SPEA) ter levantado algumas dúvidas sobre o impacto ambiental do parque eólico na zona prevista.
Segundo o gabinete de imprensa da EDA, o grupo aguarda o licenciamento do projecto por parte da Direcção Regional do Comércio, Indústria e Energia, para lançar depois o concurso público internacional para a aquisição dos aerogeradores.
Quando os aerogeradores estiverem escolhidos, fica também definido o tipo de fundações e o modo de ligação à rede eléctrica, uma vez que cada fabricante tem variações sobre os outros.
Como o prazo de entrega dos aerogeradores demora entre um e um ano e meio, durante esse período serão efectuadas as empreitadas de construção civil, a empreitada de fornecimento de equipamento de média tensão e ainda a que respeita à construção da linha de interligação, sendo que todas estas obras terão de estar prontas na fase de entrega e montagem dos aerogeradores, que terá de decorrer durante o Verão.||

Paula Gouveia, Açoriano Oriental, 22 de Outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Veríssimo Borges



Faleceu hoje, o nosso colega de mestrado Veríssimo Borges. O Veríssimo fazia parte do nosso grupo que no âmbito da disciplina "Projectos de Intervenção Ambiental" foi responsável pela criação deste blog.

Teófilo Braga

sábado, 4 de outubro de 2008

Projecto Min-E-Max chega ao fim



De entre as actividades realizadas,no âmbito do projecto, destacam-se a construção de modelos das várias fontes energéticas, com recurso a materiais reutilizados, a elaboração de uma brochura sobre poupança energética, a construção de fornos solares, a criação de um jogo de memória sobre as diferentes fontes energéticas, elaboração de apresentações em “powerpoint” relativas à temática energética e a organização de uma sessão sobre energias renováveis nos Açores.

O jornal final do projecto feito na Escola dos Arrifes com os artigos de todos os países participantes está a ser distribuido.

Todos os interessados em o receber deverão contactar o Dr. António Pacheco ou a Dra Elvira Alvernaz, professores na Escola Básica Integrada de Arrifes (São Miguel-Açores).

sábado, 27 de setembro de 2008

A Energia Eólica acoplada à Hídrica Reversível chave para total INDEPENDÊNCIA ENERGÉTICA em ilhas pequenas


Texto de Veríssimo Borges

Dada a incontornável importância da produção e uso energético nas Ilhas Açorianas, que começando por melhor gestão dos recursos tem especial impacto na dependência actualmente existente dos combustíveis fósseis surge a proposta e criação de um fórum técnico parlamentar que permita perceber que o principal obstáculo para uns açores quase a 100 % independentes de combustíveis fósseis, é o conservadorismo da EDA contaminada pelos lobbies petrolíferos, pois soluções já testadas por todo o mundo e de fácil recurso, são extremamente facilitadas em ilhas pequenas com fraca população.
Ora, nestas quase “aldeias-ilhas”, as necessidades energéticas são correspondentemente pequenas e resolúveis com a produção de energia hídrica quanto baste para, de forma reactiva ao consumo (produção não contínua), é fácil produzir energia suficiente para as actuais e futuras necessidades.
Tornando-se obsoletas, não defendemos o desmantelamento dos potenciais térmicos já instalados, que entretanto permitem a gradual substituição por energias alternativas, mas lamentamos que a EDA, ao contrário do seu discurso e em sentido oposto às bases de qualquer ERDSA (Estratégia Regional para o Desenvolvimento Sustentável dos Açores), e das políticas energéticas já assumidas pelo nosso País e pela Europa, continue a investir em centrais térmicas, criminoso atentado contra a economia e ambiente regional agudizada pelas alterações climáticas de que somos co-responsáveis.
É sabido que a energia eólica é inconstante, flutuante e por conseguinte de “má qualidade”, mas também não é novidade a sua capacidade de armazenagem de água a altitudes que permitam a sua utilização com qualidade e de acordo com as necessidades, transformando-a e energia hídrica sempre disponível.
Para tal, nas ilhas pequenas não são necessários recursos hídricos adequados, nem é necessário que a água seja doce nem que tenha qualidades especiais.
Todas estas ilhas têm “à mão de semear” em todo o seu perímetro o lençol de água inferior aos 2 níveis que definem o bipolo de qualquer hídrica: trata-se do mar.
Em todas as ilhas existem variadas plataformas onde uma lagoa artificial de água salgada pode ser instalada. Trata-se simplesmente de escolher a melhor localização em termos geológicos, paisagísticos e ambientais, o que pode não ser fácil dada a profusão de alternativas.
Basicamente esta lagoa artificial deverá ser instalada em local de fraco interesse agrícola e ecológico, podendo até ter efeitos ecológicos (aumento da biodiversidade) ou económicos (aquacultura) positivos.
Próximo, embora não necessariamente, haverá um vale escavado por uma linha de água que adaptou o relevo para a fácil instalação da tubagem ascendente (do mar para a lagoa consumindo energia eólica), que provavelmente terá percurso semelhante à tubagem descendente (água de volta ao mar deixando na Hídrica parte do seu potencial energético armazenado).
O Parque Eólico acoplado, deverá ficar próximo mas não necessariamente. Novamente contam os factores de localização ideal (regime de ventos locais) e os estudos de minimização de impactes ecológicos e ambientais e o impacte paisagístico, a ter em conta, é marginal porque a necessidade dos parques eólicos são um imperativo que vai “contaminar” quase toda a paisagem terrestre, gerando pelo hábito e pela necessidade efeitos de percepção paisagística cada vez mais tolerados e aceites pelas populações.
Obviamente que as lagoas artificiais de água salgada serão herméticas, sem fuga de água com contaminação dos solos e aquíferos inferiores, apesar do sal ser dos menores dos poluentes, sendo por acréscimo facilmente lavável e monitorizáveis quaisquer fugas.
E pronto, com uma (que pode ser mais) lagoa artificial de água do mar, suficientemente grande para armazenar água suficiente para satisfazer com folga as necessidades energéticas da população e enfrentar as flutuações do vento, venham os técnicos da especialidade definir as características das centrais hídricas consideradas necessárias para cada ilha.
Depois é acrescentar optimizações, tais como, por exemplo na Graciosa, produzir energia em excesso que permita a dessalinização de parte da água da lagoa para suprir as carências hídricas desta ilha, ou pela mesma via tornar sustentável o Campo de Golfe que o Governo deseja para Santa Maria, mas que é insustentável por insuficiência de recursos hídricos, e façam-se esforços de optimização do padrão diurno do consumo de energia, canalizando energia barata para as horas de vazio com tachas atraentes para a instalação de indústrias nocturnas, como instalações de frio que, sendo sobre estimadas poderão acumular de noite frio suficiente para ultrapassar o dia.
E já agora penetrar nos combustíveis líquidos com a substituição da frota por veículos eléctricos cujas baterias carregam durante o sono.
Nesta vertente temos mais uma facilidade para sermos pioneiros dado que as ainda limitações dos actuais veículos eléctricos se prendem com raio de acção limitado que aguarda avanços tecnológicos na eficácia das baterias. Ora sendo as ilhas pequenas, já estão dentro do raio de acção dos veículos já comercializados.
E, por esta via, conquistada a independência energética das nossas ilhas, podemos fazê-lo mais depressa e melhor do que os continentes, recordistas na penetração de renováveis nos Açores, conquistamos mais um galardão de visibilidade e justo orgulho da imagem verde que desejamos melhorando inclusive a imagem turística.
A suficiência deste modelo de produção de energia, para as actuais necessidades pode sempre ser ampliada e diversificada.
Nas ilhas grandes, a eventual insuficiência deste esquema está felizmente colmatado pela energia geotérmica disponível, o que não impede que, os aproveitamentos tipo pequena ilha, nomeadamente em zonas excêntricas (Nordeste, Mosteiros).
E que não venham os Srs da EDA dizer que não sabem, nem que não sabiam.

Publicado no Correio dos Açores, 27 Setembro 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Será Possivel Uma Eda mais Transparente?


A A A ERSE exige transparência: Governo convidado a desmantelar a EDA

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos propõe que a Eléctrica Açoriana se divida em EDA Produção, EDA Distribuição e EDA Comércio. O objectivo é lançar, decididamente, as bases para a liberalização da produção de electricidade nos Açores.


O presidente do Governo, Carlos César, vai anunciar esta semana o Plano Estratégico para a Energia nos Açores sob pressão das recomendações da ERSE Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, que quer mais transparência no sector e mais justiça nas tarifas de energia eléctrica praticadas na Região.

O despacho ERSE, que regula os serviços energéticos em Portugal no período entre 2009 e 2011, tem as baterias apontadas para as Regiões Autónomas, especialmente para os Açores. Deixa claro que, a partir de Janeiro do próximo ano, são extintas nos dois arquipélagos as tarifas de venda a clientes finais, dependentes do uso dado à energia eléctrica. Ainda existem tarifas especiais para a hotelaria, restauração e para organismos oficiais, entre outros. Chegou a haver tarifas especiais de electricidade para casas de pescadores, casas do povo, tarifas para explorações agrícolas. Já a partir de 1 de Janeiro do próximo ano, o preço base da electricidade passa a ser o mesmo para todos.

Duas outras inovações do despacho ERSE são a alteração da forma de regulação das actividades das entidades concessionárias das Regiões Autónomas para uma regulação por preço máximo; e a alteração da forma de cálculo dos custos com fuelóleo para as centrais térmicas. Actualmente, o fuel está 44,3% mais barato nos Açores que no Continente.

Este regulamento ERSE estende também às duas Regiões a opção tarifária tetra-horária em Média Tensão e extingue a tarifa sazonal simples nos Açores.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos ouviu uma das posições do conselho de administração da EDA ao não entender à Região a tarifa tri-horária em baixa tensão para consumos inferiores a 20,7 kVA. No caso dos Açores, esta tarifa, por si só, não promove uma maior aderência das tarifas aos custos, devido ao tipo de diagrama de carga existente e de recursos energéticos endógenos disponíveis.

EDA desmantelada?

A grande questão que se coloca ao sector eléctrico nos Açores é a apologia ERSE, alicerçada em regulamentação comunitária, de transparência nas relações comerciais do sector energético.

A liberalização do mercado de electricidade assenta na obrigação de quem explora as redes garantir que outras entidades usem estas mesmas redes para fazer chegar a energia eléctrica aos consumidores que vão abastecer.

Todos os fornecedores têm, actualmente, o direito de escolher livremente o seu fornecedor de energia eléctrica, entidade que comercializa a electricidade, mas não explora a rede de distribuição.

É neste contexto, explica a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, que surge a necessidade de separar actividades. Tal opção conduz a que as actividades de distribuição e de comercialização passem a ser desenvolvidas por empresas juridicamente distintas.

No caso EDA, os sectores da produção, distribuição e comercialização já têm alguma autonomia, levando, por exemplo, a que o sector comercial adquira energia a duas empresas privadas micaelenses, a SINAGA e a Agraçor e o sector distribuição receba esta energia na rede. Pelo novo regulamento ERSE, estes sectores devem estar juridicamente separados. Isso levará, certamente, a que a Eléctrica Açoriana se desmantele em EDA Produção, EDA Distribuição e EDA Comércio.

Nesta dimensão de transparência, as novas empresas de comercialização e distribuição de energia eléctrica são obrigadas a dar condições a novos privados para venderem a electricidade que produzem com base em projectos de produção de energias alternativas.

Novos produtores?


Fica aberto espaço, por exemplo, para que um produtor exclusivo privado de electricidade a partir de biomassa, energia do vento (eólica); energia hídrica (utilizando a velocidade da água nas ribeiras); e energia solar, possa negociar com a futura EDA Comércio a comercialização da sua produção. O mercado de produção fica livre e a EDA Distribuição terá de criar as condições técnicas para que a rede receba a energia destes novos produtores.

Aliás, a ERSE vai aplicar ao operador da rede de distribuição e ao comercializador de último recurso um conjunto de obrigações adicionais estabelecidas no regulamento.
O governo dos Açores detém 51% do capital da EDA e os outros 49% são detidos pelo grupo Bensaúde. Este parceiro privado quererá ver salvaguardada a sua posição em todo este novo cenário de eventual divisão da empresa e abertura do mercado da produção de electricidade.

Ainda ontem tentamos obter uma reacção da EDA a este regulamento ERSE mas o seu presidente, Roberto Amaral, esteve toda a tarde em reuniões consecutivas.

Autor: João Paz
(Correio dos Açores, 27 de Agosto de 2008)

sábado, 23 de agosto de 2008

Mais Electricidade Renovável em 2008. E o Consumo?



De acordo com o SREA,na primeira metade deste ano foram produzidos 286.730 MWh de energia térmica, 87.935 geotérmica, e 21.973 produzidos por outro tipo de renováveis. No que diz respeito à totalidade da energia eléctrica produzida na Região nos primeiros seis meses do ano, foi registado um aumento de 2,1% em relação ao período homólogo do anterior, o que se traduz em 396.637 MWh (em 2007 tinham sido produzidos, de Janeiro a Junho, 388.296.

E o consumo? Será que o aumento da produção a partir de fontes renováveis foi superior ao aumento do consumo?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Escola Vende Energia



A leitura desta notícia leva-nos a levantar as seguintes questões:

- Quantas escolas ou instalações desportivas, nos Açores, possuem colectores solares para aquecimento de água?

- Quando será possível, na Região, as escolas possuirem painéis fotovoltaicos para produção de energia eléctrica?

- A resposta está nas mãos do Governo Regional dos Açores ou da EDA?

Lá diz o ditado "Quem Pergunta não Ofende".

quinta-feira, 31 de julho de 2008

ONU recomenda aos funcionários vestuário informal para poupar energia


A ONU recomendou hoje aos funcionários e corpo diplomático que deixem nos armários a roupa tradicional e optem por uma indumentária informal que se adapte melhor ao novo plano de poupança energético a implementar na sede da organização.

A iniciativa denominada "Cool UN(uma ONU fresca)" prevê subir em Agosto o termóstato do ar condicionado na emblemática sede da Secretaria da ONU de 22,2 para 25 graus centígrados e de 21,1 para 23,9 graus centígrados no anexo que alberga as salas de conferências da organização, anunciaram hoje os seu responsáveis.

Em consequência, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, autorizou a que se flexibilize o código de vestuário para que os cerca de cinco mil funcionários possam adaptar-se ao aumento da temperatura ambiente.

"Não nos vamos meter a polícias da moda mas o que procuramos é que as pessoas possam vestir roupas mais frescas", indicou, numa conferência de imprensa, Michael Adlerstein, responsável pelo projecto de modernização da sede da ONU.

Adlerstein deu o exemplo escolhendo para a ocasião uma camisa branca e calças caqui, em vez do tradicional fato escuro e gravata com que costuma luzir o reconhecido arquitecto nova-iorquino.

A ONU calcula que a diminuição do consumo de ar condicionado permitirá reduzir em cem mil dólares a factura energética do edifício e evitar a emissão de 300 toneladas de dióxido de carbono, o gás apontado como o principal responsável pelas alterações climáticas.

Adlerstein indicou que se a iniciativa der bons resultados, ela poderá estender-se para além de mês de Agosto e aplicar-se nos meses de Inverno, embora neste caso a recomendação seja usar roupas que conservem o calor corporal.

A ONU recordou, num comunicado, que os participantes na conferência internacional sobre alterações climáticas realizada no Verão passado na Ilha indonésia de Bali já acordaram adoptar una indumentária mais adequada ao clima tropical.

O novo plano de poupança faz parte do projecto de remodelação da sede da ONU avaliado em 1.900 milhões de dólares, que pretende converter o edifício conhecido como o "Palácio de Cristal" num modelo de modernidade e sensibilidade ecológica.

O imóvel passou por reparações gerais desde a sua inauguração há meio século mas nunca a uma remodelação completa.

As infiltrações são uma realidade no edifício, cuja estrutura contém amianto (mineral considerado cancerígeno), carece de um sistema moderno de risco contra incêndios e a potência do aquecimento e do ar condicionado é insuficiente.

Notícia extraída da página Web do jornal Açoriano Oriental, de 31 de Julho de 2008

terça-feira, 29 de julho de 2008

Autonomia Energética para os Açores



S. Miguel e Flores foram seleccionados para o desenvolvimento do projecto “Green Islands”. Este é o projecto bandeira do programa MIT – Portugal para a área dos Sistemas Sustentáveis de Energia, no qual o INESC Porto participa como parceiro.

O objectivo é desenvolver um plano estratégico e implementar uma parte do mesmo de forma a transformar estas duas ilhas açorianas em sistemas com elevado grau de autonomia energética. Para isso os transportes vão ser alvo do referido projecto, através da introdução de frotas de veículos movidos a electricidade, principalmente transportes públicos e viaturas de empresas distribuidoras. Além disso, o projecto irá explorar intensivamente soluções de armazenamento de energia, envolvendo simultaneamente a utilização de soluções avançadas de gestão e controlo do sistema eléctrico de cada ilha.

Isto representa o aumento do grau de autonomia energética destas ilhas, que será realizado através da maximização da produção de energia eléctrica a partir de recursos energéticos renováveis (sobretudo geotérmicos e eólicos), e através do aumento da eficiência energética ao nível da procura. Desta forma, estas duas ilhas irão ficar dotadas de sistemas quase energeticamente autónomos, devido a este projecto.


As ilhas parecem ser excelentes laboratórios reais, nos quais se podem organizar e demonstrar novas metodologias para uma transformação económica e ambientalmente sustentável de soluções inovadoras no domínio energético.

JornalDiario, 29 de Julho de 2008

quarta-feira, 23 de julho de 2008

História da Energia



Esta história da energia é o resultado da criatividade da Cláudia Tavares.

TB

terça-feira, 22 de julho de 2008

LAMTec


Daqui a quatro anos região vai produzir 100 toneladas por dia: Fuel da electricidade pode ser substituído por hidrogénio

22 Julho 2008 [Regional]

Os Açores poderão estar, dentro de quatro ou cinco anos, a produzir 100 toneladas diárias de hidrogénio para consumo regional e exportação, admitiu o investigador Mário Alves da Universidade dos Açores.
O responsável pelo Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia (LAMTec), localizado na Praia da Vitória (Ilha Terceira), disse à agência Lusa que os estudos apontam para uma produção de 100 toneladas por dia, quantidade que pode rentabilizar o projecto.
A primeira produção destina-se à substituição das centrais termoeléctricas (que funcionam a fuelóleo) que passam a funcionar a hidrogénio, alargando-se posteriormente aos transportes e à indústria, adiantou o investigador.
Mário Alves garantiu que os Açores possuem recursos renováveis abundantes, nomeadamente o vento, o que permite perspectivar um aumento de produção, incluindo a exportação, de acordo com a procura do mercado.
A exportação de hidrogénio será feita por via marítima, com recurso a navios também eles movidos a hidrogénio, explicou.
Este investigador da Universidade dos Açores calcula que, dentro de duas décadas, os Açores poderão ser auto-suficientes na produção de energia, bem como exportadores.
Na nossa estimativa, o arquipélago, dentro de 10 a 15 anos, será auto-suficiente ao produzir, para as suas necessidades, 30 por cento de energia geotérmica, 15-20 por cento de eólica, 5 por cento de hídrica e 50 por cento de hidrogénio, adiantou.
Preconizou, ainda, a possibilidade de possuir diesel produzido a partir do hidrogénio e do carbono retirado dos resíduos (hidrogénio renovável).
De acordo com Mário Alves, a produção de hidrogénio deverá ser a indústria de maior dimensão da região e, segundo os seus cálculos, se quiser, houver visão e vontade política de longo prazo, será mesmo a maior do país.
Revelou, também, que os Açores consumiram, no ano passado, cerca de 250 mil toneladas de equivalentes de petróleo, que poderá ser substituído por 100 mil toneladas de hidrogénio/ano.
Vai sobrar mais dinheiro, é uma nova era porque a região o que não tem falta é de vento, assegurou o investigador.
O responsável do LAMTec adiantou que, enquanto na energia eólica já temos capacidade de resposta, para a procura no hidrogénio não conseguimos ainda trabalhar ao ritmo das subidas e descidas dos preços do petróleo.
Está a investir-se bem na investigação que, dentro de 1 a 2 anos, apresenta a primeira produção experimental, mas vai levar algum tempo a mudar a indústria e a adaptar as infra-estruturas, sublinhou.
Porém, adverte que os investimentos (cujos valores até ao momento se escusou a revelar) no futuro ficarão condicionados à capacidade de produzir hidrogénio mais barato que o petróleo.
Mário Alves aponta como condicionante a carga fiscal que os governos impõem que, neste caso, para ser rentável, é de bom senso que seja mais reduzida na produção do hidrogénio.
Os estudos nos Açores destinados à produção de hidrogénio foram iniciados pelo LAMTec em 2001.
O laboratório foi criado em 24 de Outubro de 2001, através de um protocolo assinado entre a Universidade dos Açores e a Câmara Municipal da Praia da Vitória.
Actualmente tem a trabalhar oito pessoas nas áreas da formação em licenciaturas, mestrados e doutoramentos, e na divulgação junto das escolas, associações e colectividades.
O LAMTec desenvolve ainda investigação de ponta na área da oceanografia, tendo sido uma das suas investigadoras, Manuela Juliano, que descobriu a corrente de Santa Helena.
Por outro lado, coopera com os projectos CLIMAAT - Clima e Meteorologia dos Arquipélagos Atlânticos e CLIMARCOST - Clima Marítimo e Costeiro, numa Rede de Informação, Divulgação e Cooperação Científica apoiados pelo programa europeu Interreg IIIB que envolve os arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias.
Faz parte, ainda, como um dos sete organismos fundadores do WEC - Centro de Energia das Ondas que tem sede no Instituto Superior Técnico em Lisboa.

(Extraído do Jornal Correio dos Açores)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Viagem no Tempo



A partir de hoje, começa a ser distribuida a brochura "Viagem no Tempo", da autoria de Cláudia Tavares, editada pela associação Amigos dos Açores. Esta é mais uma iniciativa do Projecto Educar para a Energia.

Todos os interessantes em receber um ou mais exemplares, em papel, poderão solicitar, aos Amigos dos Açores, através do seguinte mail: amigosdosacores@gmail.com

A Expanção da Energia Nuclear Agrava as Alterações Climáticas


Há um ponto em que o presidente Bush e os candidatos à presidência dos Estados Unidos,John McCain y Barack Obama, estão de acordo: incrementar o uso da energía nuclear. Leia a interessante entrevista com Amory Lovins,“um dos especialistas em energia mais influentes do mundo ocidental" aqui.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vitor Constâncio e a Energia Nuclear



"Nuclear: Relançar discussão é "inoportuno" - presidente Agência de Energia do Porto
16 de Julho de 2008, 11:30


Porto, 16 Jul (Lusa) - O antigo secretário de estado do Ambiente Eduardo de Oliveira Fernandes considerou hoje "inoportuno" relançar a questão da energia nuclear, considerando que as declarações do governador do Banco de Portugal sobre o assunto só podem ser "um lapso".

Em declarações no Parlamento, o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, defendeu terça-feira que "a alteração estrutural dos preços da energia está para ficar e tudo tem de ser discutido, incluindo o nuclear".

Oliveira Fernandes, também presidente do Conselho de Administração da Agência de Energia do Porto, considerou "inoportuno" o levantar a questão da energia nuclear por se estar a propor "a discussão quando não existe documento para discutir e porque este Governo disse que a energia nuclear não seria tema a debater neste mandato".

"É desviante e alienante em relação à abordagem dos problemas da sociedade", sublinhou.

Oliveira Fernandes considerou que a declaração de Vítor Constâncio "só pode ter sido um lapso", porque, além do mais, a energia nuclear tem "implicações do ponto de vista do território e da própria energia eléctrica".

No entanto, diz Oliveira fernandes, "se a evolução da situação energética é de molde a ponderar a energia nuclear, que se faça como um grande projecto nacional, criando-se gabinetes que se dediquem ao estudo do assunto".

"Se a discussão for a solução (para resolver o problema energético), discuta-se", referiu, considerando que se trata de um "assunto demasiado sério para aparecer como tema de silly season"."

JAP./Lusa

Nota- Eduardo Oliveira Fernandes foi consultor da ARENA- Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores e do Governo Regional dos Açores

"Quercus: "Vítor Constâncio é ingénuo" O governador do Banco de Portugal quer que Portugal estude as vantagens da energia nuclear.

O governador do Banco de Portugal pretende que Portugal estude as vantagens da energia nuclear, pois não é uma opção que não pode ser descartada.



Vítor Constâncio afirmou esta terça-feira, no Parlamento, que é preciso reduzir a dependência energética nacional, pois considera que a redução do preço dos combustíveis não está para breve.


O governador citou o exemplo do modelo finlandês: "É um país bem gerido, que iniciou há pouco tempo um programa de construção de centrais nucleares".

Todavia, a Quercus já tornou público que Vítor Constâncio deve desconhecer a realidade do nuclear. Segundo a organização ambientalista, "a opção não é benéfica em termos de custo e o governador do Banco de Portugal é ingénuo"."

TVNET

sábado, 12 de julho de 2008

O que é o Pico de Hubbert?



"O Pico de Hubbert, também conhecido como Pico do Petróleo, é um modelo matemático que trata e explica a taxa de extracção e esgotamento a longo prazo de petróleo convencional e de outros combustíveis fósseis. Este modelo mostra que a produção petrolífera mundial alcançará no futuro um pico e depois declinará ao longo de poucas dezenas de anos."

Para saber mais consulte a página da Aspo- Portugual, aqui.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Associação Négawatt



O consumo de energia está hoje no centro das atenções de todos aqueles que se preocupam com o nosso planeta.
O consumo mundial de energia permaneceu durante muito tempo estável, enquanto o homem utilizava a energia apenas para a sua sobrevivência. A partir de 1850, a Revolução Industrial provocou um aumento brutal das necessidades de energia, agravado depois com o aumento do nível de vida e o crescimento simultâneo da população.
A situação é, hoje, alarmante. As desigualdades, o crescimento não controlado do consumo de energia, o aumento da poluição do ambiente e o desperdício dos recursos fósseis limitados são os principais factores responsáveis por esta realidade.
Actualmente, consumimos muita energia e, ao ritmo deste nosso consumo, de que recursos energéticos disporemos no futuro? Como quebrar com este comportamento irresponsável sem reduzir a nossa qualidade de vida?
Existem muitas respostas, simples, de bom senso, imediatamente aplicáveis por todos. Estas respostas baseiam-se na eficiência energética, isto é, na redução da quantidade de energia necessária para um mesmo serviço e no uso de todas as formas de energias renováveis, pois só assim será possível evitar tanto desperdício de energia e caminhar para um futuro energético sustentável.
Um futuro energético assim é o que pretende a Associação Négawatt. Esta associação tem por objectivo promover e desenvolver o conceito e a prática de “Négawatts” em todos os níveis da nossa sociedade, ou seja, promover a redução dos consumos de energia, o desenvolvimento da eficiência energética, das economias de energia e das energias renováveis. Deseja assim contribuir para a protecção da nossa biosfera, para a preservação e divisão equitativa dos recursos naturais, para a preservação da saúde e da qualidade de vida.
Através do seu apelo “Négawatt”, a associação sugere-nos mudar o nosso olhar sobre a energia, para melhor consumir em vez de consumir mais, divulgando assim um recurso, novo e escondido, mas gigantesco: os “Négawatts”. Este recurso representa a energia não consumida graças a uma utilização mais moderada e mais eficiente da energia.
Produzir menos watts é falar de produção de “négawatts”e produzi-los é, portanto, romper com os nossos maus hábitos, evitando o desperdício.
Longe do retorno à vela ou ao candeeiro a petróleo, pretende-se então “caçar” watts inúteis graças ao uso mais eficiente da energia e recorrer ao uso das energias renováveis.
Existem verdadeiras reservas de “négawatts” e em quantidades consideráveis, superiores a metade da produção mundial actual de energia. São soluções já hoje disponíveis, fiáveis e de vantagens múltiplas: ausência de poluição, criação de empregos, responsabilidade, solidariedade, etc.
Esta nova abordagem da questão energética apresenta três componentes fundamentais :
- A sobriedade energética em todos os níveis da organização da nossa sociedade e nos comportamentos individuais para eliminar os desperdícios absurdos. Apoia-se na responsabilização de todos, do produtor ao cidadão;
- A melhoria da eficiência energética dos nossos edifícios, dos meios de transporte e de todos os equipamentos que nós utilizamos para reduzir as perdas e para melhor usar a energia;
- Por fim, o aproveitamento das energias renováveis, por definição inesgotáveis, descentralizadas e com fraco impacto no nosso ambiente. Só a utilização de energias renováveis permite equilibrar as nossas necessidades com os recursos do nosso planeta.
Segundo o apelo da associação, não há razão para retardar mais a nossa caminhada em direcção a um equilíbrio tão vital. O tempo pressiona para nos empenharmos nesta diligência: as três décadas que virão serão cruciais para quebrar com o crescimento desmesurado dos nossos consumos e realizar uma verdadeira solidariedade entre as pessoas através de um modelo energético equitativo.
A associação “Négawatt” pretende fazer compreender que os “négawatts” são acessíveis a cada um de nós e que o percurso proposto seja registado de maneira prioritária e durável nas opções políticas.
Para a concretização do seu objectivo, a associação oferece como meios de acção a pesquisa, a produção e a difusão de informação, bem como a organização de mudanças de toda a natureza.
Para descobrir, reflectir, debater e agir, a associação tem à disposição de todos uma página na Internet, na qual disponibiliza importantes documentos e apresenta também diversas sugestões essenciais para a produção de “négawatts”.
Para mais informações sobre esta associação, consultar a sua página Web.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Documentos



A partir de agora, todos os interessados têm acesso aos materiais editados ou criados no âmbito do Projecto Educar para a Energia. Para tal basta clicar nos Documentos (ao lado) que temos disponíveis.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Biocombustíveis, a solução para a crise energética?



Biocombustíveis estão a provocar aumento de gases com efeito de estufa

04.07.2008, Jornal Público, por Paulo Miguel Madeira

A produção de biocombustíveis a partir de terras agrícolas está afinal a contribuir para o aumento das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. O aumento da concentração deste gás contribui para o efeito de estufa que tem levado à subida da temperatura do planeta e à iminência de alterações climáticas e da subida do nível do mar. A ideia dominante tem sido oposta, mas um estudo publicado em Fevereiro na revista “Sicence” vem dizer que os métodos de contabilização das emissões utilizados eram parcelares.

Leia o resto do texto no Público

domingo, 6 de julho de 2008

ECO-CONDUÇÃO


O que é?

Eco-condução é uma forma de condução eficiente que permite reduzir o consumo de combustível e a emissão de gases com efeito de estufa e outros poluentes, contribuindo também para uma maior segurança rodoviária e um maior conforto dos ocupantes.

Dicas para ser um bom eco-condutor:

Conduza por antecipação
possibilita maior tempo de reacção, evitando tantas travagens e acelerações

Conduza a baixas rotações
ao gerir a caixa de velocidades, opte por mudanças mais altas

Acelere e desacelere suavemente
evite acelerações e travagens bruscas

Evite situações ao ralenti
um veículo gasta cerca de 1 litro de combustível por hora ao ralenti

Nas descidas e travagens, mantenha uma mudança engrenada
retire o pé do acelerador, mantendo o carro engatado


Para saber mais consulte a página do Projecto Eco-Condução.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Algumas regras simples para a utilização racional da energia em casa (4)




Iluminação


- Aproveite a luz do dia- cansa menos os olhos e a factura da electricidade será menor;

- Pinte com cores claras os compartimentos da casa- as tintas escuras absorvem a luz enquanto que as claras a reflectem;

- Desligue o interruptor sempre que sai de um determinado compartimento- assim estará a utilizar electricidade só quando ela é necessária;

- Utilize lâmpadas “fluorescentes electrónicas” também designadas por “fluorescentes compactas” ou “economizadoras”. As lâmpadas economizadoras, embora sejam mais caras têm um período de duração cerca de 8 vezes superior ao das lâmpadas incandescentes e produzem a mesma luminosidade, consumindo menos energia.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Algumas regras simples para a utilização racional da energia em casa (3)


Ferro de Engomar

-Deverá adaptar a temperatura do ferro ao tipo de tecido;

-Primeiro deverão ser passadas as peças maiores e para o fim devem ficar peças mais pequenas que serão passadas já com o ferro desligado;

- Passe a ferro com a roupa um pouco húmida, é mais fácil engomar e não se utiliza o vapor do ferro, que faz aumentar o consumo eléctrico.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Algumas regras simples para a utilização racional da energia em casa (2)




Frigorífico e Arca Congeladora

- Não devem ser abertos continuamente, quando tal for feito, devem ser fechados o mais rapidamente possível;

- No seu interior não devem ser colocados produtos ainda quentes;

- Devem ser colocados em locais secos e frescos e bem ventilados;

terça-feira, 1 de julho de 2008

Algumas regras simples para a utilização racional da energia em casa (1)




Máquinas de Lavar

- Devem ser utilizadas quando estiverem completamente cheias;

- As peças deverão ser agrupadas por categorias adoptando então o programa mais económico para cada grupo, de acordo com os símbolos das etiquetas;

- Os filtros devem ser limpos regularmente.

sábado, 28 de junho de 2008

A Estratégia Energética da Comissão Europeia

por Euan Mearns [*]

Tumultos não baixam preços
(Entrada no blog de Andris Pielbalgs, responsável pela DGTREN da UE, em 6 de Junho. Ênfases acrescentadas por mim)

Terça-feira passada fui testemunha de um episódio muito triste. A polícia de tumultos belga empregou a força contra um grupo de pescadores franceses e italianos que marchavam para a sede da UE a fim de protestar violentamente contra os altos preços do combustível. Ocorreu um choque de carros em consequência dos tumultos. A frustração dos manifestantes é fácil de entender, mas certamente manifestações e combates de rua não são a resposta para este problema. Os preços do petróleo estão altos e ficarão mais altos. Nenhuma manifestação pode mudar isto.

No passado, períodos de petróleo bruto relativamente caro foram seguidos por períodos de petróleo barato devido a factores temporários como a primeira Guerra do Golfo. Actualmente, também, há factores temporários que estão a influenciar os preços do petróleo, como o boom no mercado de commodities, a situação geopolítica em várias áreas produtoras, o enfraquecimento do dólar ou a confusão nos mercados financeiros.
Contudo, os impulsionadores reais da escalada do preço do petróleo tem uma natureza estrutural. Todos vocês conhecem a lei da oferta e da procura. Se a oferta diminui, os preços aumentam. Se há um crescimento na procura, há também um crescimento no preço. Se, ao mesmo tempo a oferta diminui e a procura aumenta, então os preços disparam. Isto é precisamente o que está a acontecer nos mercados de petróleo.

No ano 2000 a China tinha 4 milhões de carros. Em 2005 já tinha 19 milhões. Espera-se que em 2010 a frota chinesa de carros venha a ser de 55 milhões e 130 milhões em 2020. A Índia está a seguir uma tendência semelhante, e as economias dos Estados Unidos e da Europa continuam a devorar petróleo em grandes quantidades. Cada vez mais pessoas competem por uma commodity cada vez mais escassa. Todos nós sabemos que o petróleo acabará algum dia. A data exacta certamente está em discussão, mas há um facto que ninguém pode negar, extrair petróleo da terra agora é muito mais difícil e caro do que costumava ser.

As fontes fáceis de petróleo já estão a ser utilizada. As companhias petrolíferas actualmente estão a explorar em mares profundos ou em regiões congeladas e inacessíveis. As incertezas geopolíticas reinam nas áreas produtoras de petróleo, ao passo que há uma tendência crescente entre países produtores para nacionalizar os seus recursos, ou tornar mais difícil os investimentos estrangeiros. Há uma escassez crescente de força de trabalho altamente qualificada e a exploração e produção de petróleo está a tornar-se uma actividade de alta tecnologia, extremamente cara.

Todos nós sabemos as consequências. O barril actualmente está em torno dos US$130, 300% mais caros do que há apenas três anos atrás. Peritos estão a falar acerca de preços de US$200 por barril já no próximo ano. A estes níveis, mesmo fontes de petróleo não convencionais, tais como o bruto pesado (heavy crude) ou areias betuminosas, tornam-se atraentes – apesar da sua odiosa pegada de CO2 e do alto consumo de energia.

Então, qual é a solução? Bem, temos de nos mover para longe do petróleo. Isto é o que a Política Energética Europeia está prestes a fazer. Precisamos reduzir a procura com mais transporte, indústria e habitação mais eficiente. Precisamos promover combustíveis alternativos, como biocombustíveis, electricidade ou hidrogénio, precisamos mudar para modos de transporte mais limpos e mais eficientes como comboio, navegação marítima de proximidade, ou transporte público. E nesse meio tempo precisamos continuar nosso diálogo com produtores de petróleo para encorajá-los a produzir mais e abastecer os mercados melhor. Em 24 de Junho irei encontrar-me com ministros dos países da OPEP para discutir com eles esta questão.

A era do petróleo barato e facilmente disponível está ultrapassada. Precisamos mover-nos para longe do ouro negro e incidir os nossos esforços numa economia de baixo carbono. Quanto mais cedo fizermos isso, tanto melhor.


A minha resposta

Caro Andris,

Este texto é a mais assustadora e desordenada das confusões – o que é um reflexo directo da política energética da UE. Há alguns lampejos de luz solar, mas misturados com lixo absoluto.

Todas as vezes que inseri aqui um texto disse-lhe que estamos nas etapas preliminares de uma enorme explosão da crise energética. É uma pena que você tenha esperado até que o petróleo atingisse os US$130 por barril e pelos tumultos dos pescadores franceses antes de perceber que isto é realmente o caso. Naturalmente, se você e a sua equipe estivessem aptos a fazer o seu trabalho, você seria capaz de estudar os dados da oferta e procura publicados pela IEA, a EIA e a BP e concluir antecipadamente que uma crise energética está em andamento e por em acção estratégias efectivas para mitigá-la. Mas não, a sua abordagem é reactiva, bem por trás da curva, com foco errado e sem uma re-elaboração substancial da política de energia da UE, ela está destinada a fracassar. Os tumultos na Bélgica e na Ibéria são em parte por culpa sua. Você é o comissário da UE para a energia, e sonha com tubagens de CO2 enquanto a segurança energética da UE vai por água abaixo.

É encorajador verificar que você finalmente entende que a procura por petróleo, gás e carvão estão em ascensão ao passo que a oferta de petróleo está pelo menos estática. A procura em ascensão contra a oferta estática é controlada pela escalada do preço, encorajando a conservação e pondo os pobres europeus fora do mercado da energia. Nesta altura você deveria entender que quando pessoas pobres têm preços que as põem fora do mercado da energia eles fazem tumultos.

A próxima coisa que você precisa perceber com urgência é que a oferta de petróleo não permanecerá estática por muito tempo. Ela vai reduzir-se um dia, muito em breve (2012 ± 3 anos) . E nessa altura os problemas que estamos a experimentar agora piorarão 100 vezes ou mais. O que é que vai fazer quanto a isto?

A UE e a OCDE em geral não tem absolutamente nenhum controle sobre os abastecimentos global de petróleo. A OPEP sim, mas você tem de entender que a OPEP já está a bombear o mais rapidamente possível. Os dados da IEA mostram que a sua capacidade de reserva está próxima do zero. Assim, o único controle que a OPEP tem seria reduzir a oferta a fim de conservar suas reservas minguantes para futuras gerações.

Portanto, a única parte da equação que a UE pode controlar é a procura. A UE precisa introduzir com alguma urgência medidas para reduzir a procura por petróleo e gás natural [NR 1] . E aqui acredito que você dispõe de algumas boas medidas. Precisamos de planos sólidos e urgentes para transformar radicalmente nossos sistemas de transportes. Para ser directo, viagens aéreas baratas para todos não serão parte deste futuro. Navegação, canais e transito electrificado em massa e carros eléctricos são o futuro. Precisamos alguém com visão para estimular projectos pilotos V2G por toda a Europa.

A conservação da energia e a eficiência energética devem ser as pedras angulares vitais da política de energia da UE. Acredito que entenda isso, mas não parece entender o que significa eficiência energética (portanto você conduz um dos carros menos eficiente em energia alguma vez produzido). Produzir hidrogénio usa mais energia do que a que pode ser recuperada. É um sumidouro de energia, um desperdício de energia e um desperdício de tempo (excepto alguns casos isolados especiais. O etanol consome quase tanta energia quanto ele proporciona e cai na mesma categoria – um desperdício de tempo e de energia preciosa. Você está a converter Ouro (gás natural) em Chumbo (etanol – anedota emprestada de Matt Simmons). Como um guia condutor, se o EROEI de um sistema produtor for menor do que 7, então deve ser ignorado. Ele não produz energia líquida suficiente para fazer andar a sociedade – e assim perseguir as loucuras gémeas do hidrogénio e do etanol não arrastará a Europa para fora do abismo da energia líquida

Em suma, o que você fez com esta entrada no seu blog foi reempacotar toda a errática política energética da UE que baseada sobre alterações climáticas e redução das emissões de CO2. Tentar agora vender este lixo como solução para a crise de energia emergente é insultuoso.

A partir daqui há dois caminhos para a frente. Das duas uma: você tem de admitir que a actual política energética é uma confusão caótica, lacrimeja e começa tudo outra vez – mas isto precisa ser feito com urgência, numa questão de meses. Ou então você deve demitir-se e deixar alguma outra pessoa efectuar esta tarefa vital.

PS: Apoio totalmente o comentário aqui inserido – se quiser reduzir a procura de petróleo hoje precisamos de limites de velocidade pan-europeus e legislação sobre [os carros] beberrões de gasolina. Deixemos que os bons engenheiros alemães voltem a sua atenção para a eficiência ao invés da velocidade e da potência.

[NR 1] Ao contrário do petróleo, o gás natural pode ter uma origem não fóssil: pode-se produzir biometano (sem que haja competição com produtos alimentares). Portanto, os veículos a gás natural são também uma alternativa eficaz e sustentável.

13/Junho/2008

[*] Bachelor of Science, PhD, Editor de The Oil Drum Europe .

O original encontra-se em http://europe.theoildrum.com/node/4147

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/.

domingo, 22 de junho de 2008

Depois do Petróleo, o Dilúvio



Escrito por Afonso Cautela, um dos pioneiros do movimento ecologista em Portugal, este livro editado em Março de 1974 é cada vez mais actual. Na sua contracapa podemos ler : "resolvido a não transigir com as mitologias vigentes na "sociedade do desperdício", o autor do presente ensaio escolheu o petróleo e as crises (a real e a fictícia) em nome dele proclamadas para expor uma questão de método: ir até onde as críticas mais radicais normalmente vão, mas não se ficando por aí, radicalizá-las".

sábado, 21 de junho de 2008

Energias Renováveis na Educação- Experiências Práticas



Este interessante caderno editado pela rede de associações espanholas "Ecologistas en Acción" apresenta um conjunto de experiências práticas relacionadas com as energias renováveis. Com este cadernos os autores pretendem, também, transmitir aos alunos os seguintes conteúdos:

- Importância da energia para o mundo actual;
- Formas de consumo e poupança energética;
- Impacto ambiental e social do consumo desenfreado de energia;
- Diferenças Norte- Sul

Tanto quanto nos é dado saber, a Agência Regional de Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores está a preparar a edição, ainda este ano, de um livro semelhante.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

domingo, 15 de junho de 2008

Relação Transportes/Energia na RAA - 2015



Este interessante estudo elaborado pela TIS.pt para a Agência Regional da Energia e Ambiente da Ragião Autónoma dos Açores, merece ser lido por todos os interessados nas questões energéticas e, mais do que isto, as suas recomendações não podem pura e simplemente ficar na gaveta.

sábado, 14 de junho de 2008

Energia, Recursos Naturais e a Prática do Desenvolvimento Sustentável



Este livro, cuja leitura é imprescíndivel nos dias de hoje, apresenta uma visão abrangente da energia, abordando a sua relação com os recursos naturais e com o desenvolvimento sustentável.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Guia da Energia



Este guia prático apresenta-nos as noções básicas bem como fornece avisos contra os perigos, não resistindo a assinalar as estrelas. Contudo, não esquece que a escolha cabe, sempre, a cada um de nós.

Recomenda-se a leitura.

terça-feira, 10 de junho de 2008

domingo, 8 de junho de 2008

8 de Junho- Feira do Ambiente de Vila Franca do Campo



Hoje, o Projecto "Educar para a Energia", esteve em Vila Franca do Campo, onde aproveitou para contactar com os visitantes da Feira do Ambiente e oferecer às crianças moinhos de vento.


sexta-feira, 6 de junho de 2008

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE




Ontem, 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, o projecto "Educar para a Energia" esteve presente na Feira do Ambiente, iniciativa da Coordenação Concelhia de Vila Franca do Campo do Projecto Eco-escolas que contou com a presença de mais de um milhar de crianças das escolas do concelho.

domingo, 1 de junho de 2008

sábado, 31 de maio de 2008

Projecto "Educar Para a Energia" na Comunicação Social

No dia 30, os dois matutinos, que se publicam em Ponta Delgada, Açoriano Oriental e Correio dos Açores voltaram a noticiar a participação do Projecto "Educar Para a Energia" nas Comemorações do Dia Nacional da Energia.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

"Educar para a Energia" na Comunicação Social








A participação dos alunos do Mestrado de Educação Ambiental nas Comemorações do Dia Nacional da Energia foi referida, no dia 29 de Maio, pelos dois jornais diários com maior tiragem de São Miguel.

29 de Maio- Dia Nacional da Energia


Tal como anunciámos oportunamente, ontem estivemos nas Portas da Cidade de Ponta Delgada a participar nas comemorações do Dia Nacional da Energia. Sobre o ocorrido, abaixo transcrevemos um texto da edição de hoje do jornal Açoriano Oriental:

Governo elogia papel das escolas nas renováveis

A Agência Regional da Energia e Ambiente (ARENA) da Região Autónoma dos Açores, em conjunto com os alunos do mestrado de Educação Ambiental, comemorou ontem o Dia Nacional da Energia nas Portas da Cidade de Ponta Delgada, através da exposição de protótipos solares realizados pelas escolas.
De acordo com o presidente da ARENA e director regional do Comércio, Indústria e Energia, José Luís Amaral, o objectivo da comemoração foi consciencializar e sensibilizar as pessoas para o uso das energias renováveis, pois “há uma crise energética”.
No evento o presidente realçou que é “preciso dar uma palavra de reconhecimento às escolas, aos alunos e aos professores” pela forma como se envolvem nas questões das energias renováveis.
Deste modo, realçou a participação das escolas na Mini Olimpíada Solar Regional, que se realizou a dia 17 de Março, na qual a Escola Básica Integrada das Capelas e a Escola Cardeal Costa Nunes, do Pico, ficaram em primeiro lugar.
Escolas estas que voltaram vencer a medalha de ouro no concurso internacional realizado nas Canárias, Espanha.
José Luís Amaral mencionou igualmente o projecto solar (painel fotovoltaico) da Escola Secundária Domingos Rebelo e a importância deste estabelecimento ter ficado em segundo lugar, a nível nacional, no “Rock in Rio Escola Solar”.TS"


quarta-feira, 28 de maio de 2008

Projecto "Educar para a Energia" comemora DIA NACIONAL DA ENERGIA




Amanhã, 29 de Maio, os elementos do projecto vão estar nas Portas da Cidade de Ponta Delgada, toda a manhã, com o objectivo de divulgarem o projecto, através de um poster e do diálogo com os transeuntes. Na mesma ocasião, irão dinamizar ateliers de construção de moinhos de vento e de carrinhos solares fotovoltaicos.
Da parte da tarde, participarão no Seminário “Ambiente e Inovação- Alterações Climáticas, Energias Renováveis e Como Poupar Energia”, organizado pelos professores de Educação Tecnológica da Escola Secundária das Laranjeiras, onde farão uma intervenção sobre eficiência energética.

29 de MAIO, DIA NACIONAL DA ENERGIA


Abaixo, transcrevemos, na íntegra, um comunicado da Quercus, a propósito deste dia.

Metas para a Água Quente Solar e da Microprodução têm de ser renovadas


A energia solar assume uma enorme importância num país como Portugal onde o número total de horas de sol é um dos mais elevados da Europa. A energia solar pode ser aproveitada para a produção de electricidade mas assume uma relevância muito grande na produção de água quente sanitária ou em equipamentos como piscinas, substituindo o recurso à queima de combustíveis fósseis para aquecimento da água e evitando assim emissões de dióxido de carbono.


Agua quente solar – é preciso maior visibilidade e aposta política no cumprimento de metas ambiciosas

No início da actual década, o Programa E4 – Eficiência Energética e Energias Endógenas definiu uma meta de 1 milhão de m2 de colectores solares térmicos até 2010 através do Programa Água Quente Solar. Porém, nos últimos anos, a instalação de colectores solares tem-se cifrado apenas em algumas dezenas de milhares de metros quadrados/ano. O Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC 2006) reviu em baixa esta meta e considera já que se atingirá metade do objectivo traçado, traduzindo-se esse facto em 140 mil toneladas de dióxido de carbono por ano de emissões acrescidas. No final de 2006 existiam apenas 253 mil metros quadrados instalados em Portugal.

A medida PNAC - Programa Água Quente Solar para Portugal, define metas de instalação de colectores solares térmicos de 13.000m2/ ano (2006 e 2007) e 100.000m2/ ano (2007 e 2020), contabilizando nomeadamente o efeito da entrada em vigor da nova legislação sobre edifícios que obriga à instalação de raiz de colectores solares em edifícios.

Se no futuro se perspectiva uma maior implantação de colectores solares, para a Quercus é fundamental a instalação de água quente solar em moradias e principalmente em prédios existentes. Desde que haja acordo do condomínio, é possível instalar colectores solares individualizados cujo preço ficará entre os 2500 e os 3000 euros por apartamento (em moradia o sistema é cerca de 500 a 1000 euros mais barato). Porém, com o usufruto do benefício fiscal dado à aquisição de equipamentos de energias renováveis em sede de IRS (777 euros) e a alta dos preços dos combustíveis incluindo o gás e indirectamente a electricidade, o investimento fica pago entre 3 a 5 anos. A falta de uma campanha e de outras formas de visibilidade desta solução, benéfica para as famílias e para o país, que assim evita emissões de carbono, tem impedido que o parque habitacional utilize o potencial que a energia solar encerra.

O recurso à água quente solar pode significar uma poupança anual por família de aproximadamente 1000 kWh/ano, representando em média cerca de 20% do consumo total da família em electricidade e gás, o que multiplicado por cerca de 3,6 milhões das famílias existentes no país representa 3600 GWh por ano.


Microprodução de electricidade – Governo deve estar preparado para rever atribuição de potência na microgeração

Desde o início de Abril os consumidores domésticos que queiram vir a produzir e vender à rede electricidade renovável podem fazê-lo através de um registo e de um processo facilitado em www.renovaveisnahora.pt. Numa primeira fase, os 10 MW de potência do chamado regime bonificado (abrangendocerca de 2700 instalações) serão remunerados a 65 cêntimos por cada kwh produzido, sendo que nos seguintes 10 MW a tarifa já desce 5% (isto no caso da produção de electricidade a partir de sistemas fotovoltaicos, já que por exemplo a electricidade produzida por micro-aerogeradores (eólico) a remuneração será sempre 70% desta).

Para um sistema de 3,45 kW baseado exclusivamente em electricidade produzida através de um sistema fotovoltaico, o investimento é de cerca de 20 mil euros e um retorno do investimento de cerca de 7/8 anos.

A potência de ligação registada no regime bonificado é sujeita ao limite anual de 10 MW no ano inicial (2008), sendo aumentada, anual e sucessivamente, em 20%. A possibilidade de registo foi aberta no início de Abril e é suspensa durante um mês sempre que se atinge um total de potência atribuída de 2 MW. Ora acontece que em Abril e em Maio, em menos de 7 horas, o limite foi atingido, estando agora prevista uma nova abertura de registos para 9 de Junho. Tal mostra que há uma enorme apetência de um conjunto de portugueses em investir na microprodução de electricidade renovável, devendo o Governo na opinião da Quercus ampliar o regime bonificado muito para além dos 10 MW iniciais previstos, sem decréscimo de tarifa.

A microgeração tem vantagens muito importantes porque aproxima a produção dos locais de consumo contribuindo para a redução das perdas na rede, proporciona uma maior produção de electricidade por fontes de energias renováveis e permite aos cidadãos assegurarem a produção ou até excederem o consumo de energia em casa através de uma fonte renovável.

Lisboa, 28 de Maio de 2008

A Direcção Nacional da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

terça-feira, 27 de maio de 2008

26 de Maio, Sessão na Escola Básica Integrada Canto da Maia



Depois da sessão da manhã, em Rabo de Peixe, ontem, 26 de Maio, realizou-se uma sessão do Projectos "Educar para a Energia", na Escola Básica Integrada Canto da Maia.

À sessão assistiram 25 alunos do 5º ano de escolariidade e dois professores.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

26 de Maio, Sessão na Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe




Vinte e três alunos e três profesosres participaram em mais uma sessão do projecto "Educar Para a Energia". Desta vez foram alunos do 5º ano de Escolaridade da Escola EB 2,3 Rui Galvão de Carvalho.

domingo, 25 de maio de 2008

Escola das Capelas vence Olimpíada Solar Escolar nas Canárias



A Escola Básica Integrada das Capelas ganhou o primeiro prémio do concurso internacional “1ª Olimpíada Solar Escolar”, realizada no passado dia 16 de Maio, nas Canárias, em Espanha.
A Mini-Olimpíada Solar 2007/2008 é uma iniciativa realizada no âmbito do projecto ESENUR - Informação, Conhecimento e Educação sobre o Estado Energético Urbano, a Poupança Energética e Energias Renováveis, inserido na actividade Comunitária INTERREG IIIB.
Na actividade, coordenada nos Açores pela Agência Regional da Energia e Ambiente (ARENA), participaram quatro escolas açorianas, a Escola Cardeal Costa Nunes (categorias relógio solar e carrinho fotovoltaico), do Pico; a Escola Profissional da Praia da Vitória (tema livre), da Terceira; a Escola Básica Integrada de Santa Maria (colector solar) e a Escola Básica Integrada de Capelas (forno solar).
O evento de âmbito macaronésico teve como objectivo abordar, de forma lúdica e pedagógica, as diferentes tecnologias utilizadas na conversão das energias renováveis, nomeadamente na energia térmica e eléctrica.

sábado, 24 de maio de 2008

Sessão de 23 de Maio



Ontem, 23 de Maio, o Projecto Educar para a Energia realizou mais uma sessão de construção de carrinhos e fornos solares, na Ecoteca da Ribeira Grande, com alunos da Escola Básica 2,3 Gaspar Frutuoso.