terça-feira, 25 de junho de 2019

Escola, Eficiência Energética e Energias Renováveis


Escola, Eficiência Energética e Energias Renováveis


Se é verdade que as escolas existem para educar e não para poupar energia com o seu funcionamento, também é verdade que é necessário que nas escolas haja poupança de energia não só por razões de ordem económica, mas também por razões ambientais e educacionais.

A compreensão dos impactos ambientais do uso da energia, por parte dos alunos e da restante comunidade educativa, é uma das componentes da educação ambiental e cívica que levada à prática através de pequenas alterações comportamentais poderá levar à poupança de cerca de 10% da energia consumida.

São inúmeros os projectos que poderão ser implementados pelos professores com vista a tratarem o tema energia. Neste artigo, faremos uma breve referência aos Programas Eco-escolas, Carbono Force e Concurso Solar Padre Himalaya.

O Programa ECO-ESCOLAS, que pretende promover acções que conduzam a um melhor desempenho ambienta, a uma melhor gestão do espaço escolar e a uma maior sensibilização de toda a comunidade, tem como temas base a água, os resíduos e a energia. No corrente ano o grande tema é o das alterações climáticas o qual está intimamente relacionado com a produção / consumo de energia, ao nível das causas, e com os temas da água e da biodiversidade, ao nível das consequências.

Tendo por objectivo, entre outros, por em prática políticas sustentáveis na área da energia e transportes com vista à redução das emissões de CO2, o projecto CARBON FORCE – Missão Possível pretende introduzir nas escolas, de forma integrada e prática, os seguintes temas: alterações climáticas; energias renováveis e eficiência energética; transportes / mobilidade sustentável e consumo eficiente de água.

As duas iniciativas referidas, a primeira da responsabilidade da ABAE - Associação Bandeira Azul da Europa e a segunda do Instituto do Ambiente e do Instituto Superior Técnico (IST), têm o mérito de envolverem professores, como o principal meio de veiculação de informação e os alunos, futuros decisores, que não são tratados como meros receptores passivos, já que poderão participar na identificação e na implementação de medidas de eficiência energética e colaboram em auditorias energéticas e no controlo do consumo das próprias escolas.

Por último, o Concurso Solar Padre Himalaya, iniciativa da Sociedade Portuguesa de Energia Solar que nos Açores tem sido apoiado pela ARENA- Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores, visa divulgar informação sobre energias renováveis junto das camadas mais jovens da população e promover a aquisição de hábitos de cidadania conducentes a um uso mais racional dos recursos energéticos do planeta, através do envolvimento dos jovens em actividades experimentais. De entre os materiais que podem ser construídos pelos alunos destacam-se relógios solares, painéis solares, fornos solares e carrinhos solares.

Teófilo Braga

(Publicado no Jornal Terra Nostra, 13 de abril de 2007)