sábado, 12 de abril de 2008

Educar para a Energia, porquê?





A energia é um recurso indispensável para a vida, ao bem-estar dos cidadãos e ao desenvolvimento socioeconómico, de todas as sociedades, sendo de realçar o facto de ter ocorrido um crescimento exponencial do consumo de energia total e por pessoa desde os primeiros tempos da sociedade industrial até aos nossos dias. Mas, para além de um recurso indispensável ao desenvolvimento socioeconómico, a energia é também um forte factor de pressão ambiental.


Ao longo das últimas décadas, a utilização racional dos recursos naturais e a preservação da qualidade do ambiente assumiram-se como preocupações fundamentais nas políticas de desenvolvimento sustentável de todas as regiões, inclusive da Região Autónoma dos Açores, com especial ênfase no que se refere à produção de energia.


Não existe, de forma sistematizada e em linguagem acessível, informação sobre a história e a situação actual do aproveitamento das energias renováveis no arquipélago dos Açores. Os mesmos autores referem que os manuais escolares adoptados nos Açores, sendo de âmbito nacional, não contêm referências pormenorizadas à realidade local.

Por outro lado, embora os conteúdos programáticos do ensino básico e ensino secundário, já abordem as aplicações das energias renováveis e apresentem recomendações para o uso eficiente de energia, não evidenciam a complementaridade disciplinar, nem exploram suficientemente actividades em contexto de projecto escolar ou clube de ciência (não formal).

Não tem existido formação contínua com vista ao desenvolvimento de competências científicas por parte de todos os professores, nomeadamente dos do primeiro ciclo do ensino - básico. Esta situação é preocupante quando tudo leva a crer que a maioria destes professores é oriunda do então designado agrupamento 4 (Humanísticas). Com efeito, num levantamento efectuado no ano lectivo 1999/2000 chegou-se à conclusão que a percentagem de alunos que estava a frequentar o Curso de “Ensino Básico- 1º Ciclo” que não tinha frequentado no secundário disciplinas na área das ciências era de 88,8%.

Por último, tal como acontece a nível nacional, nos Açores há um atraso por parte da sociedade em despertar para o potencial de aplicação das energias renováveis.

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