Transformar os Açores numa região que tenha até 2018, pelo menos, 75 a 80 por cento da sua electricidade fornecida por recursos renováveis é uma das metas do Programa Massachusetts Institute of Tecnology (MIT) -Portugal para o arquipélago. (Com som)
Esta terça-feira, após um encontro com o presidente do Governo Regional, os directores do programa MIT-Portugal, Paulo Ferrão e Stephen Connors, deixaram claro que estão empenhados em “contribuir para que a penetração de energias renováveis, em termos de energia primária, triplique ate 2018”.
Ainda assim, vamos trabalhar para que até 2013 tenhamos já consolidado um conjunto de modificações na Região que a tornem alvo de atenção internacional, uma vez que estes projectos vão beneficiar muito quem os faça e os implemente primeiro. E é esse campeonato que queremos ganhar”, assegurou Paulo Ferrão aos jornalistas.
“ É impossível dizer que qualquer ilha dos Açores vai ficar, nesse prazo ou mesmo em 2020, autónoma. Não vai ficar autónoma, vai ficar é muito mais autónoma do que está hoje”, acrescentou.
Ainda que com um custo estimado em muitos milhões de euros, os directores do Programa MIT-Portugal não pretendem do GovernoRegional outro apoio que não seja o político, uma vez que as transformações que estão inerentes a um projecto de autonomização energética mais do que tecnológicas, são também sociais.
Para isso, contam ainda com o estabelecimento de parcerias estratégicas, como é o caso da EDA e da Universidade dos Açores.
“No centro de qualquer transformação dos modelos energéticos hoje em dia estão as pessoas e isso faz-se com algum tempo. Por isso, estamos a trabalhar para começar já este ano a promover modificações que possam ser sentidas na Região, tanto ao nível de investimentos concretos, como ao nível de implementação de políticas que permitam alterar a forma como se gasta energia, virando-as para um uso mais eléctrico mais renovável”, sustentou Paulo Ferrão.
“São Miguel, por exemplo, já dá cartas em termos da penetração das energias renováveis em electricidade. O que nós queremos é maior penetração das energias renováveis em geral e para isso temos de passar para o sector dos transportes, para as casas das pessoas”, exemplificou.
O director do projecto explicou ainda aos jornalistas que a pretensão do MIT é também demonstrar que a autonomização energética é possível fazer-se de uma forma que seja rentável e que garanta um futuro mais sustentável para os Açores, diminuindo a sua dependência externa em relação ao petróleo.
Baptizado de “Green Island”, este projecto pretende criar um sistema que aproveite ao máximo as energias renováveis, através de redes inteligentes, que permitam a cada agente armazenar e gerir a compra e venda de energia a cada instante.
Luísa Couto/Açoriano Orienta, 20 de Janeiro de 2009
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